23.7.06

Crônica nº 002 - A revolução feminina

A revolução feminina

Brasília, 09 de julho de 2006.


O homem contemporâneo está perdendo campo para a mulher! É o que os casais nos dias de hoje tentam com muito pouco sucesso driblar. Em nome do bom convívio entre os casais, há que se ter uma quebra de paradigmas, digamos, fenomenal.

A sociedade dos tempos modernistas, década de setenta, era bem diferente. Era machista, extremamente machista. O homem era o sustentador financeiro de toda a família, o chamado “muro de arrimo” e para isso se sacrificava em penosas jornadas de trabalho. A mulher dona de casa, em contrapartida, ficava cuidando dos afazeres domésticos, tarefa igualmente pesada, diga-se de passagem.

Acontece que essas donas de casa se cansaram de depender de seus maridos e fizeram uma revolução que aflorou no início da década de oitenta. Saíram de casa. Calma! Esclarecendo, decidiram trabalhar fora. Foi então que surgiram as empregadas domésticas que alforriaram as donas de casa e essas, ganharam uma nova perspectiva, o mercado de trabalho, e junto a ele a tão sonhada independência financeira.

Em pouco tempo elas já estavam ocupando cargos em várias carreiras antes tidas como exclusivas do sexo masculino. Lembro-me perfeitamente do susto que levei ao vislumbrar pela primeira vez uma mulher ao volante de um ônibus; confesso que hesitei em embarcar. E o dia em que vi uma policial surrar um bandido e algemá-lo em plena praça pública! Fiquei de queixo caído!

Em meados da década de noventa era comum ouvir falar que a mulher enfrentava uma dupla jornada de trabalho, ou seja, trabalhava fora o dia todo e ainda cuidava das tarefas do lar. Ouvia-se também queixas femininas de que os salários das mulheres, mesmo ocupando o mesmo cargo de um homem, tinha o salário mais baixo. Olha só que sociedade machista! Mas a revolução ainda crescia.

Hoje, não raro, em um casal a mulher é quem ganha mais que o homem e, em alguns casos, muito mais. Essa situação, dentre todas as que já se passaram durante a revolução feminina, é de longe a mais delicada. As mulheres ainda conservam características machistas enraizadas em suas mentes, advindas de seus ancestrais. Elas ainda hesitam em trocar o pneu de um carro, por exemplo, insistem em não aprender a dirigir direito e ainda choram o tempo todo explicitando que são sim do sexo frágil.

O homem, por outro lado, sofre, pois não têm mais o poder de decisão nas suas mãos. Perdeu o controle da situação. Não é mais o chefe da casa, não é mais um “muro de arrimo” e sim um mero colaborador que não tendo status financeiro aceitável tem é que ir para o tanque, pilotar o fogão e trocar fralda de neném chorão durante a madrugada.

As mulheres estão dia a dia tomando as profissões dos homens e desempenhando-as tão bem e muitas vezes melhor que eles. Agora que elas sentiram o gostinho bom da independência financeira, não voltarão atrás de jeito nenhum, apesar de muitas morrerem de vontade que isso aconteça. Mas o homem também saiu ganhando. Ganhou a profissão de dono de casa que é tão nobre quanto qualquer outra.

Por isso colegas homens, a palavra de ordem é: adaptem-se! Isso mesmo, adaptem-se! Aprendam a lavar, passar, cozinhar, cuidar de criança e tantos outros afazeres que farão parte de suas vidas. Façam isso em nome da conservação dos matrimônios e para a sobrevivência da raça humana na terra. O futuro está em nossas mãos, cheias de sabão!


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3Comentários:

às 12:42 PM ,Anonymous Anônimo disse...

Que bom Daniel perceber que a duras penas você aprendeu certas coisas e deixou também de ser tão maxista. Espero que você continue mudadando mas sempre para melhor. Um grande beijo de sua irmã Simone

 
às 8:37 AM ,Anonymous Anônimo disse...

Essa crônica me tinha passado desbercebida. Ficou muito boa...Isso é uma realidade que realmente deve ser vista com esses olhos por todos, assim ficará mais fácil de homens e mulheres se entenderem.

 
às 10:35 AM ,Anonymous Anônimo disse...

caro amigo, temos uma destas ai em nossa casa.eu ja estou adaptado as funçoes domesticas.mas continuo tentando a duras penas, reconquistar meu espaço. mas realmente essa revoluçao feminina foi estrategica.lavar cuecas e meias nunca mais. este era o lema da revoluçao. valeu!!!!!

 

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